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sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Oposição síria realizou massacres com dinheiro de doadores milionários

Oposição síria realizou massacres com dinheiro de doadores milionários

 

Pesquisa da Human Rights Watch acusa opositores do presidente Assad de crime contra a humanidade


11/10/2013
Dodô Calixto,
Do Opera Mundi

No dia da premiação do Prêmio Nobel da Paz, dado à Opaq (Organização para a Proibição de Armas Químicas), que atualmente atua na Síria, novas notícias sobre a guerra civil no país surgiram. Pelo menos 190 pessoas morreram e outras 200 foram torturadas por opositores do presidente Bashar al-Assad no dia 4 de agosto. Os grupos acusados de realizar a operação receberam ajuda financeira de multimilionários do Golfo Pérsico. A informação que descreve com detalhes o massacre no distrito sírio de Lataquia foi divulgado nesta sexta-feira (11/10) pela ONG Human Right Watch.
Segundo o estudo "You can Still See Their Blood" (Você ainda pode ver o sangue deles, em português), o massacre aconteceu quando tropas do governo sírio foram dominadas por opositores. Além de torturados, muitos foram decapitados. Para dificultar uma possível investigação, o grupo incendiou as pequenas vilas onde aconteceram os assassinatos. Além disso, a população local também foi atacada pelos grupos armados, aumentando a tensão da região. A Human Rights Watch classifica o episódio como "crime contra a humanidade".
Chamada de "Operação de Resgate do Litoral Sírio", o ataque dos opositores tinha como objetivo ganhar o controle da região litorânea do país. O distrito de Lataquia é um dos mais importantes centros portuários da Síria.
Dessa forma, a missão ganhou simpatizantes de conglomerados econômicos do Golfo pérsico. Nomes como Sheik Saqr, Shafi al-Ajami, Hajjej al-Ajami - todos que figuram como milionários do Oriente Médio - se manifestaram a favor do movimento opositor. Alguns deles usaram o Twitter para pedir apoio financeiro à missão.

O estudo não conclui, no entanto, se os multimilionários do Golfo que financiaram os grupos opositores envolvidos no massacre conheciam o real objetivo da operação. Em outras palavras, é possível que os doadores não sabiam da intenção do ataque militar torturar, decapitar e queimar soldados do presidente Assad e a população local.


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