Cuba libera compra de carros novos e usados, diz mídia oficial
19 de dezembro de 2013
MARC FRANK - Reuters
Pela primeira vez desde a Revolução de 1959, os cubanos
terão o direito de comprar carros novos e usados do Estado sem permissão
do governo, anunciou o jornal estatal nesta quinta-feira, em mais uma
medida de liberalização econômica da ilha comunista.
Há dois anos os cubamos podem comprar e vender carros usados entre
eles, mas precisam de uma autorização do governo para comprar um carro
novo ou de segunda mão, quase sempre um veículo relativamente novo usado
antes para locação, de fornecedores do Estado.
O jornal do Partido Comunista, Granma, disse que o Conselho de
Ministros aprovou novas regras na quarta-feira para "eliminar mecanismos
existentes de aprovação de compra de veículos do Estado".
Como resultado, segundo o jornal, "a venda no varejo de motos,
carros, vans, pequenos caminhões por cubanos e residentes estrangeiros,
empresas e diplomatas foi liberada".
O Estado cubano mantém o monopólio da venda de carros no varejo.
A liberalização foi uma das mais de 300 reformas propostas pelo
presidente Raúl Castro, que assumiu o poder no lugar do seu irmão,
Fidel, em 2008, e aprovadas pelo Partido Comunista em 2011.
As mudanças valorizam a iniciativa privada e flexibilizam o controle
do governo sobre a venda e a compra de bens pessoais.
Em Cuba, novos modelos de carro são na sua maioria do Estado, que os
vende usados por um preço relativamente baixo para pessoas selecionadas,
como diplomatas e médicos no exterior, que os revendem por quatro ou
cinco vezes o preço que compraram.
Cubanos e estrangeiros precisam da permissão do governo para importar
carros, uma norma que, de acordo com o Granma, vai continuar.
As novas regras serão oficialmente publicadas nos próximos dias e se tornarão lei 30 dias depois.
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