Rodízio deixará metade dos carros de Pequim sem circular a cada dia
Atualizado em 17 de outubro, 2013
Críticos dizem que mais ricos vão comprar segundo carro e piorar poluição.
Autoridades de Pequim decidiram
adotar uma medida radical em dias de forte poluição: um rodízio em que
cada carro irá circular um dia sim, um dia não.
A poluição é um dos principais problemas da
capital da China, que possui 4 milhões de automóveis, menos do que na
maior cidade brasileira, São Paulo.
Segundo a medida, em um dia, apenas carros com placa com número final
par poderão trafegar pela cidade. No dia seguinte, apenas com número
final ímpar. Assim, a cada dia, cerca de metade dos veículos ficarão
proibidos de circular.
O rodízio, no entanto, só vai ser decretado nas épocas em que a cidade estiver sob alerta vermelho de poluição.
Segundo as novas medidas, o ar de Pequim será
monitorado, e um alerta de quatro cores (azul, amarelo, âmbar e
vermelho) será acionado a depender do grau de poluição.
Nos dias em que a poluição atingir o grau âmbar
(o segundo pior), fábricas e canteiros de construção civil terão de ser
paralisados. Restaurantes com churrasqueiras ao ar livre também serão
suspensos.
O rodízio de carros só será adotado em dias de
alerta vermelho (o mais preocupante), quando as aulas também serão
suspensas na cidade.
Críticas
A restrição ao tráfego de carros, no entanto, já despertou polêmica, sobretudo nas redes sociais.
Usuários do Weibo, uma espécie de Twitter chinês, fizeram fortes críticas.
Alguns argumentaram que as medidas atingem
sobretudo os mais pobres, já que os mais ricos poderão comprar um
segundo carro e piorar ainda mais a qualidade do ar.
Grande parte dos 21 milhões de moradores de
Pequim ainda recorre às bicicletas para se deslocar pela cidade. O
transporte individual com carro, no entanto, ganha cada vez mais
adeptos.
A título de comparação, em São Paulo - onde já é
adotado um rodízio, ainda que mais ameno do que o proposto para Pequim -
há 5,3 milhões de carros registrados, de acordo com o Detran paulista.
Desse total, acredita-se que 3,5 milhões estejam em circulação.
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