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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Com mais de mil confirmados, protesto ocupará Ciclovia Rio Pinheiros durante final de semana em SP

Com mais de mil confirmados, protesto ocupará Ciclovia Rio Pinheiros durante final de semana em SP



Ciclovia Rio Pinheiros será fechada por dois anos. Ciclistas pedem alternativas e órgãos públicos se omitem. Foto: Edson Hiroshi Aoki (cc)

Ciclovia Rio Pinheiros será fechada por dois anos. Ciclistas pedem alternativas e órgãos públicos se omitem. Foto: Edson Hiroshi Aoki (cc)
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Mais de mil cidadãos inconformados com o fechamento por dois anos da maior ciclovia da cidade já confirmaram presença no evento criado no Facebook, que convoca para um protesto pacífico contra a interdição. A manifestação pretende ocupar a Ciclovia Rio Pinheiros durante pelo menos 25 horas, das 18h do sábado, 5 de outubro, até as 19 horas do domingo. Vale lembrar que, atualmente, a via é aberta à população apenas das 5h30 às 18h30 (saiba mais sobre o horário de funcionamento).
O protesto, que se declara pacífico, pede que os participantes se concentrem debaixo da Ponte Estaiada, local que ficará dentro do trecho interditado, e sugere levar barracas, alimentos e o que mais for necessário para passar a noite no local.
Que as obras do Monotrilho são importantes (embora se possa questionar o formato da solução), todos concordam. Mas deve ser oferecida uma alternativa aos cidadãos que dependem dessa via para se deslocar, treinar ou mesmo passear. As vias da região são reconhecidamente agressivas à circulação de bicicletas.
Participe! Esteja presente, nem que seja em alguns momentos. Mostre que existe demanda pela ciclovia, exija uma alternativa ao fechamento, venha mostrar que somos muitos e não vamos nos calar frente a uma decisão que coloca vidas em risco e nega o direito de circular com segurança de bicicleta pela região.
Veja o evento no Facebook e confirme sua presença!

Entenda o caso

A Ciclovia Rio Pinheiros será interditada, a partir do dia 7 de outubro,  em um trecho de 4,6 km, entre as estações Granja Julieta e Vila Olímpia. Mesmo sendo chamada de “parcial” pelo comunicado oficial do Metrô, a interdição torna impossível utilizar a ciclovia em toda sua extensão.
E é importante frisar que uma das pontas interrompidas, na altura da estação Granja Julieta, não tem acesso para que os ciclistas possam sair, sendo o ponto de entrada/saída mais próximo na estação Santo Amaro, a 3,8km de distância. Dessa forma, o trecho “morto” da ciclovia é de 8,4 km, mais de um terço da extensão total da via.
A interrupção na ciclovia afeta tanto os cidadãos que utilizam a bicicleta em seus deslocamentos diários quanto os que a utilizam para treinamento ou mesmo passeios com a família. A interdição ainda isola o trecho Guarapiranga da Ciclofaixa de Lazer. Saiba mais sobre os efeitos da interrupção.

Alternativas possíveis

Várias alternativas tem sido sugeridas pelos cidadãos. Uma delas seria a sinalização de um trajeto alternativo pelas vias da região, em forma de ciclofaixas. Para isso, seria necessária a participação da Prefeitura, através da Secretaria de Transportes e da CET.
Outra opção seria a criação de uma estrutura leve, temporária e móvel que ficasse sobre a água nos trechos interditados, podendo ser reposicionada conforme as obras avançam. Dessa forma, não precisaria ser muito longa.
Também chegou a ser sugerida a utilização da margem oposta, onde há uma pista de terra, mas para isso teria de ser criada uma estrutura para transpor o rio sem que a passagem de balsas seja interrompida.
Se você tem mais alguma sugestão, escreva nos comentários da página. Vamos debater essa questão.

Sem alternativa e sem resposta

Sem alternativa, parte dos cidadãos que utilizam a ciclovia para ir trabalhar diariamente deixarão de usar a bicicleta e colocarão seus carros nas ruas, ou voltarão a usar o já lotado sistema de trens da Linha 9 – Esmeralda. Outra parte passará a circular nas pistas da Marginal Pinheiros, via de trânsito agressivo, veloz e repleto de veículos pesados.
Tentamos sem sucesso obter um posicionamento junto aos órgãos públicos envolvidos diretamente, ou que poderiam oferecer uma solução paliativa. A Secretaria Municipal de Transportes, que poderia sinalizar vias no entorno, pediu que entrássemos em contato com a CPTM, por ser ela a responsável pela Ciclovia. A CPTM informou que havia encaminhado nossa solicitação ao Metrô, pois eles é que poderiam responder. O Metrô, por sua vez, não nos deu resposta até o fechamento desta matéria, apesar do nosso contato por e-mail na segunda-feira à tarde e as ligações insistentes à assessoria durante a manhã dessa terça.
No Facebook, CPTM, Metrô e Consórcio Monotrilho respondem com um texto padrão, informando sobre a importância da obra, quantas pessoas ela atenderá depois de pronta e alegando que a interdição é “para garantir a integridade dos ciclistas” – ainda que isso implique em colocá-los nas vias do entorno, junto a carros em alta velocidade e veículos pesados.
A CPTM foi mais além, admitindo a um dos cidadãos que “não haverá como utilizar o trecho que estará interditado e também não há rota alternativa”. Ou seja, declaram indiretamente que, se você usa a bicicleta como meio de transporte utilizando a ciclovia, deve-se deixar a bike em casa e parar com essa bobagem. Volte a usar o carro ou esprema-se nos trens lotados.
Veja as mensagens enviadas pelos cidadãos no Facebook e as respostas obtidas:
Envie também sua reclamação e deixe seu comentário nas postagens existentes.
Não se cale frente a esse abuso. Vale lembrar que a pressão popular fez reabrir a mesma ciclovia em interdição anterior, no mês de junho.

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