Iniciativa da ONU ajuda organizações da sociedade civil a combater corrupção na África
19 de setembro de 2013
Foto: ONU
Desde meados de 2012, o projeto de pequenos subsídios do Escritório da ONU sobre Drogas e Crime (UNODC)
tem ajudado uma série de organizações da sociedade civil com sedes na
África no desenvolvimento de projetos inovadores de combate à corrupção.
Com chamadas abertas
para a terceira rodada de financiamento, a iniciativa ajudou
organizações de diversos países no combate à corrupção dentro do setor
privado e, em especial, nas pequenas e médias empresas (PME).
Algumas das realizações, em parte devido ao projeto de subsídios,
comprovam a importância do papel da sociedade civil nesta área.
Na República Democrática do Congo, por exemplo, um subsídio para o
Observatório de Combate à Corrupção na África Central (OLCAC) ajudou na
regulamentação do Sindicato dos Mototáxis. A iniciativa melhorou
significativamente o trabalho de mototaxistas, que muitas vezes
desconheciam os seus direitos na segurança rodoviária e nos aspectos
comerciais de seus negócios, o que os tornava vulneráveis à corrupção.
Através da organização de ‘workshops’ envolvendo motoristas,
funcionários do governo e representantes da polícia de trânsito, bem
como campanhas de mídia em jornais locais, o OLCAC conseguiu
conscientizar e informar mototaxistas sobre seus direitos e da
necessidade de rejeitar práticas corruptas.
No norte do continente, a organização I-WATCH, da Tunísia, facilitou a
formação de uma rede nacional inclusiva de organizações da sociedade
civil para combater a corrupção, inclusive com membros do setor privado.
A I-WATCH também produziu vídeos de desenhos animados para explicar a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção
para jovens e usuários das mídias sociais, além de treinar mais de 120
estudantes de administração sobre a Convenção e a importância da ética
nos negócios.
Já a organização ‘Reflexão e Ações Concretas para o Desenvolvimento
Africano’ (RECAAD), com sede em Camarões, treinou empresas associadas
para que elas dominassem a Convenção da ONU, o seu mecanismo de revisão e
o seu quadro nacional de combate à corrupção no setor privado do país.
A RECAAD desenvolveu um código de conduta para o setor privado,
realizou atividades de conscientização para informar as pessoas sobre a
Convenção e a sua utilidade para os negócios/empresas, criando um plano
de ação em conformidade com a Estratégia Nacional de Combate à
Corrupção.
Em Serra Leoa, a Transparência Internacional local usou o subsídio
para financiar um projeto que focava em empresas de média e pequena
escala, particularmente as que são dirigidas por mulheres e migrantes, a
fim de aumentar o envolvimento entre os diferentes atores da sociedade
civil para combater a corrupção.
Como resultado, um diálogo contínuo foi estabelecido com os membros
da Associação Nacional Empresarial Indígena e do Sindicato dos
Empreiteiros de Serra Leoa para promover o comércio justo, a
concorrência e comportamento ético. O projeto também treinou
beneficiários da Convenção da ONU e das leis de anticorrupção de Serra
Leoa.
Enquanto isso, em Moçambique, a Associação Moçambicana para o
Desenvolvimento e Democracia (AMODE) organizou mesas-redondas sobre a
Convenção com representantes da sociedade civil, do setor privado e das
autoridades locais. As discussões foram importantes por ter sido a
primeira vez que o setor privado nacional se envolveu em atividades
anticorrupção relacionadas à Convenção.
Discussões transmitidas no rádio e a criação de uma rede nacional de
organizações da sociedade civil para combater a corrupção ajudaram a
chamar atenção da sociedade moçambicana em geral para o problema em
questão.
O projeto de pequenos subsídios do UNODC foi criado para ajudar as
organizações da sociedade civil em seu compromisso com o setor privado
em atividades de anticorrupção. Para mais informações clique aqui ou entre em contato com a equipe do setor de Sociedade Civil do UNODC através do e-mail ngo.unit@unodc.org
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