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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

EUA divulgam relatório sobre ataque na Síria e intervenção é iminente

EUA divulgam relatório sobre ataque na Síria e intervenção é iminente


Kerry diz que ofensiva em Ghouta teve armas químicas e matou 1.429 pessoas, 426 delas crianças



30 de agosto de 2013
CLÁUDIA TREVISAN - CORRESPONDENTE EM WASHINGTON

Kerry fala sobre possível ação militar na Síria - Larry Downing/Reuters
Kerry fala sobre possível ação militar na Síria  Larry Downing/Reuters
WASHINGTON - Relatório do serviço de inteligência dos Estados Unidos divulgado hoje em Washington concluiu que o ataque com armas químicas ocorrido na Síria no dia 21 de agosto foi ordenado pelo regime de Bashar Assad, o que abriu caminho para o presidente Barack Obama autorizar um ataque ao país a qualquer momento. De acordo com o relatório, 1.429 pessoas morreram no ataque do dia 21 de agosto, entre as quais 426 crianças.
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, fez um contundente pronunciamento em defesa da provável ação militar americana, mas ressaltou que ela não terá semelhança com Iraque, Afeganistão ou a Líbia. "Não repetiremos aquele momento", disse Kerry se referindo ao Iraque em 2003.
Obama afirmou nesta semana que qualquer operação na Síria será limitada, não envolverá a presença de tropas no país nem terá por objetivo a derrubada de Assad. Kerry ressaltou que a ação seria "seletiva" e sem o envio de tropas terrestres.
As evidência reunidas pelo serviço de inteligência indicam que nos três dias que antecederam o ataque do dia 21, na periferia de Damasco, integrantes do regime discutir a operação e se prepararam para o impacto da explosão de armas químicas, inclusive com o uso de máscaras.
Os foguetes que carregaram as armas foram disparados de regiões controladas pelo regime e caíram em áreas dominadas pelos rebeldes, onde ofensivas anteriores haviam falhado. Além disso, imagens disseminadas nas redes sociais e relatos de médicos e ONGs no local apontam para o uso de armas químicas.
Kerry ressaltou que o governo estava consciente do precedente do Iraque, quando Washington baseou sua decisão de ir à guerra com base em indícios - posteriormente desacreditados - de que Saddam Hussein tinha armas de destruição em massa. O secretário sustentou que não há dúvidas de que o regime de Assad foi o responsável pelo ataque.
Leia abaixo, em inglês, o relatório divulgado pelos EUA:

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