Europa terá de criar 6 milhões de empregos para voltar aos níveis anteriores à crise
OIT alerta que em 2015 o desemprego deverá atingir 208 milhões
de pessoas em todo o mundo.
Para conseguir voltar aos níveis de emprego anteriores à crise, a
União Europeia terá de criar seis milhões de postos de trabalho. Um
desafio difícil, perante as perspectivas que se desenham no horizonte: o
desemprego continuará a aumentar um pouco por todo o mundo e
verifica-se um agravamento das condições de trabalho.
O alerta é deixado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) no relatório Repairing the Economic and Social Fabric (Recuperar o tecido económico e social), divulgado nesta segunda-feira.
O
principal desafio nas economias desenvolvidas é combinar o estímulo à
criação de emprego com a necessidade de corrigir os desafios
orçamentais. “É necessário um melhor equilíbrio entre o emprego e os
outros objectivos macroeconómicos para se alcançar uma recuperação
duradoura e inclusiva”, refere a OIT.
É preciso, destaca o
relatório, “garantir um ritmo adequado das medidas de consolidação
orçamental” e, ao mesmo tempo, dar “mais atenção ao impacto das
políticas macroeconómicas no emprego e ao nível social”.
A OIT
lembra que, cinco anos após o início da crise financeira global, a
situação do emprego no mundo continua muito desigual, “com as economias
emergentes a recuperar mais depressa do que as economias desenvolvidas”.
E os sinais de recuperação continuam a ter pouca tradução nas
tendências globais.
Em 2015, o desemprego deverá atingir 208 milhões de pessoas em todo o mundo, mais oito milhões do que actualmente.
Nos
últimos cinco anos, destaca o relatório, o desemprego de longa duração
aumentou na maioria dos países desenvolvidos e muitos desempregados
desistiram de procurar emprego, passando para a inactividade.
A
OIT destaca ainda que o tecido social continua a ser afectado “pela
manutenção e crescimento” das desigualdades salariais nas economias
emergentes e pelo seu alargamento nas economias desenvolvidas.
No
relatório ressaltam ainda as desigualdades, transversais à maioria dos
130 países analisados, de acesso ao mundo do trabalho por parte dos
jovens e das mulheres.
“Praticamente em todo o mundo os jovens e
as mulheres têm dificuldades em encontrar empregos que correspondam às
suas competências e aspirações”, destaca o documento, acrescentando esse
é “um dos maiores desafios” à escala global nos próximos anos.
Fonte: http://www.publico.pt/economia/noticia/europa-tera-de-criar-6-milhoes-de-empregos-para-voltar-aos-niveis-anteriores-a-crise-1596263
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