Repensar a mobilidade, mais do que uma tendência, aos poucos tem se tornado uma diretriz em grandes cidades do mundo. Hamburgo, Helsinque, Madri, Paris – todas caminham em direção a um futuro de ruas com menos carros. O objetivo não é excluir os automóveis como opção de transporte, mas repensar e ultrapassar o caráter vicioso de um sistema de transportes estruturado quase totalmente em torno dos automóveis. Abaixo, conheça os exemplos de sete cidades que começam a enfrentar os desafios postos pela luta contra a dependência dos carros.
Madri
A capital espanhola já havia restringido a circulação de carros em algumas ruas, mas este mês a zona livre de carros da cidade deve crescer ainda mais. Os moradores estão livres para dirigir no local, mas quaisquer outras pessoas, se estiverem de carro, são multadas. É um dos passos de um plano muito mais amplo: pedestrianizar por completo a área central de Madri nos próximos cinco anos. Além disso, outra medida de estímulo ao transporte sustentável: nas ruas madrilenas, os modelos mais poluentes pagam mais caro para estacionar.
Paris
Semelhante ao que acontece em Madri, no centro de Paris não moradores não podem entrar de carro nos finais de semana, e a tendência é que a medida passe a valer para toda a semana. Até 2020, a prefeita Anne Hidalgo tem a meta de dobrar o número de ciclovias, acabar com os carros a diesel e reservar algumas vias com alto volume de tráfego apenas para a circulação de carros elétricos ou modelos de baixa emissão. E o resultados já começam a aparecer: em 2001, 40% dos parisienses não possuía um veículo individual; atualmente, esse índice já é de 60%.
Chengdu
Uma nova cidade satélite planejada na China é modelo para o futuro da mobilidade: em lugar de uma organização urbana que torne o uso do carro necessário, as ruas foram desenhadas para que a maioria dos destinos possa ser alcançada com 15 minutos de caminhada. Apenas metade da área destinada às ruas e vias permitirá a circulação de veículos motorizados, e a cidade deve estar conectada a Chengdu, metrópole mais próxima, via transporte coletivo.
Hamburgo
Hamburgo é um exemplo de cidade que vem tornando considerável e progressivamente mais fácil a opção por não dirigir. Uma nova “rede verde”, que deve estar pronta nos próximos 20 anos, vai cobrir 40% da área da cidade e conectar os parques, possibilitando que as pessoas caminhem ou pedalem a praticamente qualquer lugar.
Helsinque
Quanto mais pessoas na cidade, menos carros serão permitidos nas ruas. Essa é a lógica da capital finlandesa que, em um novo plano, pretende transformar os bairros mais dependentes dos carros em áreas mais densas, caminháveis e conectadas ao centro da cidade por transporte coletivo. Helsinque também está criando novos serviços de mobilidade para facilitar a vida sem carro: um novo aplicativoem fase de testes, por exemplo, permite que as pessoas “encomendem” na hora um táxi ou uma bicicleta do programa de compartilhamento local ou encontrem a linha de ônibus ou trem mais próxima. A ideia é tornar a posse de um carro totalmente desnecessária dentro da próxima década.
Milão
Em decorrência dos níveis de poluição, Milão está testando uma nova medida para restringir o uso dos carros na área central da cidade: deixando o automóvel em casa, as pessoas ganham vouchers para usar de graça o transporte coletivo. Para evitar trapaças, um sistema acoplado ao painel mantém o rastreamento da localização do carro. A cada dia que o carro permanece na garagem, a cidade envia um voucher valendo por uma passagem de trem ou de ônibus.
Copenhague
Mais de metade da população de Copenhague vai de bicicleta para o trabalho todos os dias – um número nove meses maior que o registrado em Portland, a cidade com o maior índice de ciclistas nos Estados Unidos. Ao contrário da maioria das cidades, porém, a capital dinamarquesa começou a traçar esse caminho há muito mais tempo, com as primeiras zonas exclusivas para pedestres implementadas ainda na década de 1960. Atualmente, Copenhague tem 322 km de ciclovias e trabalha na construção de rodovias exclusivas para bicicletas.
(Fonte: Fast Co.Exist)
Fonte: http://thecityfixbrasil.com/2015/01/19/sete-cidades-rumo-a-um-futuro-livre-da-dependencia-dos-carros/
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