Mapa Demográfico Eleitoral Brasileiro
O Brasil não tem voto distrital para o Executivo como os mapas que foram confeccionados após as eleições presidenciais pareciam indicar. Ganhar no Rio Grande do Sul não significa ganhar o Rio Grande do Sul. É uma diferença e tanto. Um voto vale rigorosamente um voto em qualquer lugar do Brasil com sua eleição majoritária, o que não acontece nos EUA com a sua distrital. Essa questão já me deixou encucado em olhar os mapas, porque ganhar em SP no modelo norte-americano seria uma coisa, no modelo brasileiro outra completamente diferente; perder por pouco em MG do Brasil não é catastrófico como perder por um voto na MG norte-americana.
Afligiu-me sobremaneira, entretanto, as representações do mapa eleitoral do Brasil no mapa territorial brasileiro. Associado à cartografia, os mapas territoriais desenvolvidos para localização atingiram estúpida popularidade, contudo trazem informações limitadas. Tais mapas contém tão somente as localizações e dimensões territoriais dos locais, excepcionais para medir distâncias, definir localizações, climas, vegetações e condicionantes geográficas, mas insuficientes em análises sociológicas. Um mapa de perfil eleitoral precisa apontar eleitores e não territórios.
O Amazonas vermelho não tem grande relevância eleitoral, é de conhecimento comum que o número de eleitores nesse Estado é bastante reduzido apesar de suas dimensões territoriais imensas. Por que ele é o maior destaque em todos os mapas utilizados em todos os jornais e por que acatamos esse erro tão candidamente? Por que o Nordeste aparece tão mais relevante que São Paulo nos mapas e não apenas acatamos esse erro como no caso amazonense como ainda nos colocamos a nos aprofundar no erro elaborando teses e mais teses a partir dessa informação gráfica equivocada?
O mapa cartográfico aplicado aos colégios eleitorais é inadequado por não refletir exatamente o número de eleitores, que é a principal informação. Sendo um mapa uma escala, resolvi adequá-lo a uma escala reconhecida, a tradicional representação cartográfica do País Brasil e distribuir nessa escala as unidades federativas brasileiras proporcionalmente aos seus colégios eleitorais(*). Como a intenção de um mapa é apresentar uma simplificação de informações, essas áreas foram adequadamente distribuídas de modo a coincidir com suas localizações territoriais, o que também é um dado importante, mas não único.
O Mapa da miscigenação eleitoral de Thomas Conti
A utilização dos mapas cartográficos para representação eleitoral não é inútil. Longe de mim passar qualquer impressão à esse respeito, mas ele pode ser aprimorado às necessidades de informações que se deseja passar. Inquieto em outro aspecto, Thomas Conti teve cóleras viscerais ao observar as representações dicotômicas de Estados puramente Dilmistas e Estados puramente Aecistas, um erro mais grave ainda que a distorcida representação dos colégios eleitorais.
Thomas Conti para rechaçar a dicotomia de ódio xenófobo que se instaurava (ou instaura-se, sei lá) teve a simples (e genial) ideia de apresentar ao público uma escala cromática denotando a miscigenação das preferências do eleitorado no 2º turno das eleições presidenciais brasileiras em 2014 . Humildemente, eu oferto ao público a mesma escala cromática, adequada aos colégios eleitorais brasileiros em 2014.
Metodologia e Interpretações
A metodologia consistiu em demarcar a fração de cada federação no mapa territorial brasileiro a partir das razões entre os votos válidos no 2º turno na eleição presidencial de 2014. Para facilitar visualmente, essas frações foram distribuídas de modo a se assemelhar ao mapa geográfico do Brasil.
Uma interpretação simples é entender que se cada eleitor ocupasse o mesmo espaço (a mesma metragem quadrada) e fosse distribuído pelo Brasil, as áreas necessárias para que eles se espalhassem seriam as mostradas no mapa.
Adotei o que chamei de colégio eleitoral desprezando-se abstenções. Esse colégio eleitoral teve como base dados de eleitores e por isso chamei de Mapa Demográfico Eleitoral Brasileiro. Naturalmente, poderia confeccionar o mapa a partir das populações de cada Estado e o resultado seria bastante similar uma vez que o colégio eleitoral está intrinsecamente ligado à população. Um mapa puramente demográfico ao meu ver seria formalmente mais adequado para aplicações mais gerais em outros campos de pesquisa e poderia sem qualquer ressalva ser chamado de Mapa Demográfico Brasileiro, porém eu comecei por esse e fiquei com preguiça de ajustá-lo. Meu amadorismo preguiçoso mandou eu tascar um “eleitoral” no título e publicar logo o artigo. O pesquisador profissional que quiser desenvolver tal mapa, terá minha benção, até ensino como fazê-lo, basta me procurar. O único compromisso é quando tiver show do The Who no Brasil comprar um ingresso para mim. Oportunidade de ouro.
Afligiu-me sobremaneira, entretanto, as representações do mapa eleitoral do Brasil no mapa territorial brasileiro. Associado à cartografia, os mapas territoriais desenvolvidos para localização atingiram estúpida popularidade, contudo trazem informações limitadas. Tais mapas contém tão somente as localizações e dimensões territoriais dos locais, excepcionais para medir distâncias, definir localizações, climas, vegetações e condicionantes geográficas, mas insuficientes em análises sociológicas. Um mapa de perfil eleitoral precisa apontar eleitores e não territórios.
O Amazonas vermelho não tem grande relevância eleitoral, é de conhecimento comum que o número de eleitores nesse Estado é bastante reduzido apesar de suas dimensões territoriais imensas. Por que ele é o maior destaque em todos os mapas utilizados em todos os jornais e por que acatamos esse erro tão candidamente? Por que o Nordeste aparece tão mais relevante que São Paulo nos mapas e não apenas acatamos esse erro como no caso amazonense como ainda nos colocamos a nos aprofundar no erro elaborando teses e mais teses a partir dessa informação gráfica equivocada?
O mapa cartográfico aplicado aos colégios eleitorais é inadequado por não refletir exatamente o número de eleitores, que é a principal informação. Sendo um mapa uma escala, resolvi adequá-lo a uma escala reconhecida, a tradicional representação cartográfica do País Brasil e distribuir nessa escala as unidades federativas brasileiras proporcionalmente aos seus colégios eleitorais(*). Como a intenção de um mapa é apresentar uma simplificação de informações, essas áreas foram adequadamente distribuídas de modo a coincidir com suas localizações territoriais, o que também é um dado importante, mas não único.
O Mapa da miscigenação eleitoral de Thomas Conti
A utilização dos mapas cartográficos para representação eleitoral não é inútil. Longe de mim passar qualquer impressão à esse respeito, mas ele pode ser aprimorado às necessidades de informações que se deseja passar. Inquieto em outro aspecto, Thomas Conti teve cóleras viscerais ao observar as representações dicotômicas de Estados puramente Dilmistas e Estados puramente Aecistas, um erro mais grave ainda que a distorcida representação dos colégios eleitorais.
Thomas Conti para rechaçar a dicotomia de ódio xenófobo que se instaurava (ou instaura-se, sei lá) teve a simples (e genial) ideia de apresentar ao público uma escala cromática denotando a miscigenação das preferências do eleitorado no 2º turno das eleições presidenciais brasileiras em 2014 . Humildemente, eu oferto ao público a mesma escala cromática, adequada aos colégios eleitorais brasileiros em 2014.
Metodologia e Interpretações
A metodologia consistiu em demarcar a fração de cada federação no mapa territorial brasileiro a partir das razões entre os votos válidos no 2º turno na eleição presidencial de 2014. Para facilitar visualmente, essas frações foram distribuídas de modo a se assemelhar ao mapa geográfico do Brasil.
Uma interpretação simples é entender que se cada eleitor ocupasse o mesmo espaço (a mesma metragem quadrada) e fosse distribuído pelo Brasil, as áreas necessárias para que eles se espalhassem seriam as mostradas no mapa.
Adotei o que chamei de colégio eleitoral desprezando-se abstenções. Esse colégio eleitoral teve como base dados de eleitores e por isso chamei de Mapa Demográfico Eleitoral Brasileiro. Naturalmente, poderia confeccionar o mapa a partir das populações de cada Estado e o resultado seria bastante similar uma vez que o colégio eleitoral está intrinsecamente ligado à população. Um mapa puramente demográfico ao meu ver seria formalmente mais adequado para aplicações mais gerais em outros campos de pesquisa e poderia sem qualquer ressalva ser chamado de Mapa Demográfico Brasileiro, porém eu comecei por esse e fiquei com preguiça de ajustá-lo. Meu amadorismo preguiçoso mandou eu tascar um “eleitoral” no título e publicar logo o artigo. O pesquisador profissional que quiser desenvolver tal mapa, terá minha benção, até ensino como fazê-lo, basta me procurar. O único compromisso é quando tiver show do The Who no Brasil comprar um ingresso para mim. Oportunidade de ouro.
Fonte: http://www.acasum.com.br/mapa-demografico-eleitoral-brasileiro/
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