Há pelo menos três anos, o número de mortes no trânsito brasileiro seguia uma curva ascendente, aumentando gradativamente a cada ano, até chegar ao ápice em 2012, quando 44.800 pessoas perderam a vida em acidentes. A boa notícia é que dados preliminares do SUS (Sistema Único de Saúde) indicam uma possível mudança nesse cenário. De acordo com as informações, o ano de 2013 registrou 40,5 mil fatalidades no trânsito, uma redução de 10% em relação a 2012.
Não por acaso, 2013 marcou o período em que a Lei Seca passou a ter uma atuação mais rigorosa no país. No final de 2012, uma atualização da lei determinou que nenhuma quantidade de álcool seria tolerada nos testes utilizando bafômetros. Além disso, foram ampliados os meios aceitos para comprovar a ingestão de álcool pelo motorista, e passaram a valer também exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova admitidos em direito.
Um fator determinante para a queda no número de mortes no trânsito em qualquer cidade é a redução dos limites de velocidade. Em São Paulo e no Rio de Janeiro, por exemplo, as máximas permitidas chegam aos 70 km/h, e as cidades registram, respectivamente, taxas de mortalidade de 13 e 15 a cada 100 mil habitantes.
É devido a essa relação – entre o limite de velocidade e o índice de fatalidades no trânsito – que muitas cidades têm implementado medidas em prol da redução da velocidade. É o caso, por exemplo, de Paris, que tem ampliado cada vez mais as Zonas 30, e de Nova York, onde recentemente foi assinada a lei que fixa em 40 km/h a velocidade máxima permitida nas ruas da cidade.
Se os dados registrados pelo SUS forem comprovados, a taxa de mortalidade no trânsito brasileiro, que era de 23 mortes a cada 100 mil habitantes, passa a 20,1 fatalidades por 100 mil habitantes. O número, porém, ainda é extremamente alto se comparado com a média de países desenvolvidos como a Suécia, onde morrem por ano apenas três pessoas a cada 100 mil habitantes. No Brasil, infelizmente, dados mostram que ainda é mais provável morrer em acidente de trânsito do que por homicídio ou câncer.
(Fontes: Folha de S. Paulo, Roads Kill Map)
Fonte: http://thecityfixbrasil.com/2014/11/21/brasil-mortes-no-transito/
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