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domingo, 11 de maio de 2014

Gol em favor da Natureza


Gol em favor da Natureza




O técnico Felipão já convocou a seleção que vai disputar a Copa do Mundo no Brasil. Estamos cada vez mais próximos deste grande evento mundial. Mas como a Copa do Mundo da FIFA pode contribuir para a conservação do meio ambiente em nosso país?
Um grupo de cientistas de Universidades do Nordeste brasileiro, junto com pesquisadores de outros países, têm a resposta!
Nos últimos anos, e especialmente nesta Copa de 2014, a FIFA pretende tornar o seu evento maior em uma plataforma para a conservação ambiental. Em suas diretrizes está a construção de estádios ecologicamente corretos e também da neutralização das emissões de carbono e lixo.
Desde 1966, a maior competição do futebol mundial utiliza-se de um mascote que é o embaixador do país que recebe as outras seleções. Neste ano, o escolhido foi o tatu-bola (Tolypeutes tricinctus), chamado de Fuleco, a mistura de Futebol e Ecologia. Porém, nada foi concretamente feito em respeito a este animal, que corre risco de extinção.
T. tricinctus é um tatu que não faz tocas e para se proteger do perigo se enrola, como uma bola, para se defender. Ele habita exclusivamente região da Caatinga. Este bioma brasileiro é o ambiente que tem menos áreas de proteção.
A FIFA é uma entidade milionária e a Copa do Mundo é um evento que pode trazer um retorno financeiro muito grande para o país-sede. Muito dinheiro vai rolar para acontecer esta Copa do Mundo e utilizando apenas uma pequena parte dele, poderiam ser investidos em diversos planos na preservação ambiental.
Inclusive, em 2011, o Governo Federal lançou o projeto "Parques da Copa", para criar parques de conservação por todo o país. Infelizmente, em 2013, o número de parques proposto no lançamento do projeto foi diminuido e até o momento apenas 2% do valor total de investimento (275 milhões de dólares) foi liberado. Outro fato ruim é que a Caatinga, habitat do mascote da Copa do Mundo, não foi muito contemplada nestes planos.
Então o grupo de pesquisadores propôs a seguinte ação: criar áreas de proteção ambiental de 1.000 hectares para cada gol marcado durante a competição. A média de gols nas últimas competições foi de 171, o que resultaria em uma área de proteção com 171.000 hectares que seriam muito importantes para a conservação do T. tricinctus.
Uma ideia genial, mas que precisa do apoio tanto do governo brasileiro como da entidade máxima do futebol. Este seria o maior gol da competição, é o que dizem os pesquisadores.
Veja o artigo dos pesquisadores aqui (em inglês).

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