Sob grave crise social, Quênia celebra 50 anos de independência
Violência, corrupção e pobreza ofuscam comemorações de emancipação do Reino Unido
12/12/2013
Dodô Calixto,
Do Opera Mundi
O Quênia comemora nesta quinta-feira (12) meio século da proclamação de Independência do Reino Unido. No entanto, graves problemas sociais e o legado de corrupção e violência da época colonial ofuscam as celebrações ao redor do país.
Embora nas últimas décadas tenha-se realizado um processo de modernização - colocando o país em destaque econômico na África Oriental -, o Quênia não erradicou "a maldição da pobreza", como prometeu o primeiro governo independente, de acordo com o jornal queniano The Standard.
Segundo os dados da ONU (Organização das Nações Unidas) e do Banco Mundial , cerca da metade da população (mais de 40 milhões de habitantes) vive abaixo da linha da pobreza (pouco mais de US$ 1 por dia). O país também sofre com a desigualdade social: mm Nairóbi, um dos principais distritos do país, o cenário é de contrastes entre mansões espetaculares de bairros ricos e guetos e favelas de uma maioria pobre, segundo informações da Agência Efe.
De acordo com informações da Rede Aljaazera, massacres entre tribos rivais e mortes violentas em distritos quenianos divergem do cenário de crescimento de 5% da economia nos últimos anos - número considerado notável na África, segundo especialistas. Apenas nesta semana, oito pessoas, entre elas cinco policiais quenianos, morreram em uma emboscada de homens armados em Liboi, localidade a leste do Quênia próxima à fronteira com a Somália, de acordo com fontes policiais.
(*) Com Agência Efe e rede Aljaazera
Foto: Reprodução
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