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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Turma Fênix, segue parte do conteúdo da revisão de 17/09/2013

Como funcionam os créditos de carbono?


As indústrias são responsáveis por 2/3 das emissões de carbono no mundo. Foto: Pedro Martinelli
As indústrias são responsáveis por 2/3 das 
emissões de carbono no mundo. Foto: Pedro Martinelli

A negociação dos créditos de carbono é uma maneira de alguns país reduzirem numericamente as emissões dos gases que causam o efeito estufa. Como isso é feito? Por meio de uma venda. É como se cada país pudesse liberar na atmosfera uma determinada quantidade de gases. Alguns não atingem a meta, e podem comercializar esta cota na forma de créditos de carbono. Outros têm uma atividade industrial tão poluidora que superam o limite e, por isso, compram créditos de quem polui menos ou possui áreas de floresta conservada. 

Assim, uma empresa brasileira poderia desenvolver um projeto para reduzir as emissões de suas indústrias. Esse projeto passa pela avaliação de órgãos internacionais e, se aprovado, é elegível para gerar créditos. Nesse caso, a cada tonelada de CO2 que deixou de liberar, a empresa ganha um crédito, que pode ser negociado diretamente com as empresas ou por meio da bolsa de valores. "Mas os países só podem usar esses créditos para suprir uma pequena parte de suas metas", explica Kenny Fonseca, professor do Departamento de Análise Geoambiental da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisador associado da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

O objetivo é cumprir as metas do Protocolo de Kyoto, que definiu em 1997  limites para a quantidade de gases poluentes na atmosfera. Mas porque esta preocupação? A resposta está no efeito estufa, um fenômeno natural que retêm parte do calor dos raios solares e mantêm a temperatura do planeta. Quando a concentração de gases como gás carbônico, metano e óxido nitroso, aumenta este fenômeno é ampliado e mais calor é retido na superfície da Terra, o que estaria, segundo alguns cientistas, relacionado ao aquecimento global.
Hoje em dia, os pesquisadores descobriram que não são só os gases que provocam esse efeito. O chamado carbono negro, que é a fuligem da fumaça, também tem papel importante nesse mecanismo. "A fuligem provoca o sombreamento da superfície e esquenta a atmosfera. Além disso, modifica a formação das nuvens, o que muda o equilíbrio térmico do planeta", conta o pesquisador.

Apesar de ser impossível prever com certeza quanto o planeta deve aquecer nos próximos anos, a preocupação para minimizar os efeitos do aquecimento global é recorrente. Uma das críticas ao Protocolo de Kyoto é que só estão obrigados a diminuir as emissões os países na lista de nações desenvolvidas. Ou seja, o Brasil ainda não tem metas a cumprir, apesar de estar na lista dos 20 países que mais poluem. "Ao contrário do que acontece no resto do mundo, 2/3 das emissões brasileiras estão ligadas ao uso do solo - desmatamento, queimadas e conversão de florestas em sistemas agropecuários. O próximo acordo também deve  incluir o desmatamento, que tem a ver diretamente com o nosso país", alerta Kenny.

O que é seqüestro de carbono?



Cada hectare de floresta em desenvolvimento é capaz de absorver nada menos do que 150 a 200 toneladas de carbono.





por Texto Rafael Tonon


É a absorção de grandes quantidades de gás carbônico (CO2) presentes na atmosfera. A forma mais comum de seqüestro de carbono é naturalmente realizada pelas florestas. Na fase de crescimento, as árvores demandam uma quantidade muito grande de carbono para se desenvolver e acabam tirando esse elemento do ar. Esse processo natural ajuda a diminuir consideravelmente a quantidade de CO2 na atmosfera: cada hectare de floresta em desenvolvimento é capaz de absorver nada menos do que 150 a 200 toneladas de carbono.
É por essas e outras que o plantio de árvores é uma das prioridades para a diminuição de poluentes na atmosfera terrestre. “A recuperação de áreas plantadas, que foram degradadas durante décadas pelo homem, é uma das possibilidades mais efetivas para ajudar a combater o aquecimento global”, afirma Carlos Joly, do Instituto de Biologia da Unicamp.
Porém não é a única: já existem estudos avançados para realizar o que os cientistas chamam de seqüestro geológico de carbono. É uma forma de devolver o carbono para o subsolo. Os gases de exaustão produzidos pelas indústrias são separados através de um sistema de filtros que coletam o CO2. Esse gás é comprimido, transportado e depois injetado em um reservatório geológico apropriado – que podem ser campos de petróleo maduros (já explorados ou em fase final de exploração), aqüíferos salinos (lençóis de água subterrânea com água salobra não aproveitável) ou camadas de carvão que foram encontradas no solo. (veja infográfico ao lado)
“Os reservatórios geológicos são altamente eficazes para aprisionar fluidos em profundidade. Do contrário, o forte terremoto que causou o tsunami na Ásia teria rompido diversos depósitos geológicos naturais. No entanto, nenhum campo de gás natural ou petróleo vazou”, explica o geólogo José Marcelo Ketzer, coordenador do Centro de Excelência em Pesquisa sobre Armazenamento de Carbono (Cepac). Ketzer lembra ainda que os campos de petróleo ou gás natural guardaram esses fluidos por milhões de anos e que eles permaneceriam intactos se o homem não resolvesse trazê-los para a superfície.

Solução que vem da terra

Saiba como é possível seqüestrar o carbono do ar e deixá-lo enterrado para sempre, no cativeiro
O gás carbônico é separado no processo de exaustão das indústrias por meio de um sistema de filtros. Esse gás é comprimido e transportado até um local geológico. Ali, o gás é injetado em 3 tipos de reservatório: campos de petróleo maduros (já explorados ou em fase final de exploração), aqüíferos salinos (lençóis de água subterrânea com água salobra não aproveitável) ou camadas de carvão.
1. Nas árvores
Em fase de crescimento, as árvores são verdadeiros aspiradores de CO 2 da atmosfera. O tronco de uma árvore é 80% composto de carbono, portanto não é de admirar que elas suguem, por hectare, 150 a 200 toneladas de CO 2 do ar. Uma árvore, sozinha, é capaz de absorver 180 quilos de CO 2.
2. Camadas de carvão
Assim como nos campos de petróleo, a injeção de carbono em reservas de carvão também pode ser lucrativa: o carvão retém o CO 2 e libera no processo o gás natural, que pode ser explorado e comercializado. Nos depósitos localizados em profundidades muito grandes, o gás carbônico pode ser armazenado.
3. Campos de petróleo
Os poços maduros, onde não há mais produção de petróleo e gás, podem se transformar em grandes depósitos de CO 2. Seria dar apenas mais um passo, uma vez que as petrolíferas já injetam o gás carbônico em campos maduros de petróleo para, por intermédio dessa pressão, aumentar o potencial de extração neles.
4. Aqüíferos salinos
Nestes enormes mantos de água no subsolo, a água é tão salobra que não serve para o consumo. Dessa forma, eles seriam uma ótima alternativa para estocar carbono. Trata-se das formações com mais capacidade de armazenar CO 2: os especialistas estimam que os aqüíferos possam reter até 10 mil gigatoneladas do gás.

Anamorfose Geográfica

Mapas que sofrem deformações matematicamente calculadas para representar algum critério previamente estabelecido, como nos exemplos abaixo:

1º Mapa: ANAMORFOSE DO PIB MUNDIAL (PRUDUTO INTERNO BRUTO)

2º Mapa: ANAMORFOSE DA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO MUNDIAL




Obs:
Entre as fontes citadas seguem links que abordam as regiões dos comitês das bacias hidrográficas do Estado de São Paulo e também o site do IBGE Países, que contém dados sócio econômicos de todos países reconhecidos pela ONU.


Fonte:

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