40 kms por hora! já!
25/09/2013
Você sabe muito bem que é impossível ter ciclovias em todas as ruas. são paulo tem 17 mil kms de ruas. como fazer 17 mil kms de ciclovias ou ciclofaixas ? não será feito. e como você faz para chegar a essas ciclovias e ciclofaixas? sua bicicleta vai voando até lá?
mas você sabe muito bem que nas vias onde os carros andam mais devagar, dá para conviver. todos convivem no trânsito a baixa velocidade: carros, motos, ônibus, pedestres! sim, pois em vias mais lentas, os carros param nas faixas de pedestres. pois, indo mais devagar, dá para parar.
a velocidade média dos veículos em são paulo nos horários de pico é abaixo da velocidade de uma galinha correndo: 16 kms/h. o que adianta estar numa via com velocidade máxima de 60 kms/h, se ela está toda congestionada?
mas, quando há um espaço de 150 metros adiante, no meio do congestionamento o motorista acelera… e muito! e pára ali na frente. além de haver um gasto desnecessário de combustível, nesse espaço, ele espalha perigo.
e claro, nos (cada vez mais) raros momentos em que a via não está congestionada, ele acelera, acelera! e aí espalha morte…
só se deve ter limite de velocidade acima dos 40kms/h a via rápida, que é aquela assim definida pelo código de trânsito brasileiro:
“VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO – aquela caracterizada por acessos especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessibilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em nível.”
ora, em sãopaulo, apenas a avenida 23 de maio e a pista central, expressa, das marginais, têm essa característica. todas as demais avenidas possuem semáforos, e acessos aos lotes lindeiros. mesmo as arteriais.
nada mais perigoso do que um carro tentar sair de um lote lindeiro onde a via tem limite de 60 kms por hora. nada mais perigoso do que um cadeirante ir pelo asfalto – dada a indigência das calçadas – numa via onde o limite é de 60 kms por hora.
mas… a 40 por hora, tudo muda. há tempo para freiar. há tempo para reduzir. há tempo para desviar. e é mais econômico. é menos poluente. e menos mortal.
ser atropelado a 60 kms por hora significa quase sempre morrer ou sofrer consequências extremamente sérias. ser atropelado a 40 por hora, nem sempre significa isso. pois há grande chance de sobreviver. a 10 kms por hora, a chance é zero!
são paulo tem o centro expandido cercado por rios, nas margens dos quais estão as marginais. delas saem carros para ir a ambos os lados das pontes que cruzam sobre esses rios. e todas essas vias são develocidade em torno de 60 kms por hora. de forma que é dificílimo atravessar esses locais se não se está num carro, numa moto, num ônibhus. mas como faz o cadeirante? como faz o rapaz de muletas que tem que ir de um lugar imediatamente próximo de um lado da ponte, para outro local imediatamente próximo ao outro lado?
não dá para atravessar uma via onde os carros estão a 60 kms/h. mas dá para atravessar se eles estiverem a 40 kms/h.
40 kms/h é o limite da vida. para pedestres, para cadeirantes, para ciclistas, e para motoristas! batidas entre veículos a velocidades menores geram danos menores. matam menos. aleijam menos. e, portanto, há também menos gastos nos tratamentos de saúde.
passou da hora de se reduzir a velocidade. pois não se pode esperar trocentos anos para que se construa uma ciclovia. mas, abaixar a velocidade máxima da via é uma questãoapenas de sinalização. e cria a cultura da convivência.
a redução da velocidade máxima em todas as avenidas prooveria uma economia fantástica à cidade, sob a forma de combustível não gasto, e de economia nos custos de saúde, pela redução dos atropelamentos, das batidas.
portanto, que se abaixe a velocidade das avenidas, todas elas, para 40 kms por hora. simples assim. eficentemente assim.
não percamos tempo e dinheiro em obras que nunca virão. que se faça o óbvio. que se abaixe a velocidade: 40 kms/h já!
Fonte: http://linkis.com/wp.me/KOAt
Nenhum comentário:
Postar um comentário