China, uma usina de investimentos
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Em 7 anos, capitais chineses aplicados mundo afora chegaram a 472 bilhões
de euros. Dois terços desta bolada foram para projetos de energia
Por Vladimir Milton Pomar* Levantamento realizado pelo jornal ExpressoXL, de Portugal (www.expresso.sapo.pt), e divulgado na edição de 10 de abril deste ano, a respeito dos investimentos chineses no mundo, dá conta de que teriam atingido 472 bilhões de euros entre 2005 e 2012. Em 2013, esse total deverá superar meio trilhão de euros. Segundo o jornal, no início do ano a CNOOC (China National Offshore Oil Corporation) comprou por 11,8 bilhões de euros a petrolífera canadense Nexen. E empresas chinesas em dezenas de países continuam comprando e investindo em instalações industriais, petrolíferas etc., etc. Chamam a atenção nesse levantamento a concentração em energia (46,9%) e ouro (16,2%), responsáveis por 298 bilhões de euros de investimentos chineses no mundo. O terceiro setor a receber mais recursos é o de infraestrutura de transportes, com 14,7% (69,3 bilhões de euros). Imóveis (8,0%) e o setor financeiro (6,2%) revelam-se setores de interesse intermediário. E estranhamente agricultura (3,1%), tecnologia (2,2%) e indústrias (integrantes de um genérico "outros") são os setores que menos receberam investimentos no período analisado. Pelo estudo, a Austrália é a campeã mundial de investimentos da China, com 43,46 bilhões de euros, seguida de perto pelos Estados Unidos, com 42 bilhões (certamente o total seria bem maior, se o governo norte-americano não tivesse impedido a compra de empresas do país por empresas chinesas). O Canadá está em terceiro lugar, com 28,6 bilhões, e o Brasil em quarto, com 25,6 bilhões. Detalhe: no caso brasileiro, não aparece nenhum valor em "outros", o que pode significar que os muitos (e recentes) investimentos em indústrias não foram computados nesse levantamento.
*Editor da revista em chinês "Negócios com o Brasil"
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