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sábado, 11 de maio de 2013

China, uma usina de investimentos


Em 7 anos, capitais chineses aplicados mundo afora chegaram a 472 bilhões 
de euros. Dois terços desta bolada foram para projetos de energia


Por Vladimir Milton Pomar*

Levantamento realizado pelo jornal ExpressoXL, de Portugal 

(www.expresso.sapo.pt)e divulgado na edição de 10 de abril deste ano, 
a respeito dos investimentos chineses no mundo, dá conta de que teriam 
atingido 472 bilhões de euros entre 2005 e 2012.

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Em 2013, esse total deverá superar meio trilhão de euros. Segundo o jornal, 
no início do ano a CNOOC (China National Offshore Oil Corporation) comprou 
por 11,8 bilhões de euros a petrolífera canadense Nexen. E empresas chinesas 
em dezenas de países continuam comprando e investindo em instalações 
industriais, petrolíferas etc., etc.

Chamam a atenção nesse 

levantamento a concentração em energia (46,9%) e ouro (16,2%), responsáveis 
por 
298 bilhões de euros de investimentos chineses no mundo. O terceiro setor a 
receber mais recursos é o de infraestrutura de transportes, com 14,7% (69,3 
bilhões de euros). Imóveis (8,0%) e o setor financeiro (6,2%) revelam-se setores 
de interesse intermediário. E estranhamente agricultura (3,1%), tecnologia 
(2,2%) e  indústrias (integrantes de um genérico "outros") 
são os setores 
que menos receberam investimentos no período analisado.

Pelo estudo, a Austrália é a campeã mundial de investimentos da China, com 

43,46 bilhões de euros, seguida de perto pelos Estados Unidos, com 42 
bilhões (certamente o total seria bem maior, se o governo norte-americano não 
tivesse impedido a 
compra de empresas do país por empresas chinesas). O Canadá está em terceiro 
lugar, com 28,6 bilhões, e o Brasil em quarto, com 25,6 bilhões. Detalhe: no 
caso brasileiro, não aparece nenhum valor em "outros", o que pode significar que 
os muitos (e recentes) investimentos em indústrias não foram computados 
nesse levantamento.

*Editor da revista em chinês "Negócios com o Brasil"

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