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sábado, 30 de novembro de 2013

O Cerrado no Brasil

O Cerrado no Brasil

Com a terra vermelha do cerrado produtiva devido a vários atributos da região, tais como: clima estável, quantidade de chuva adequada, solo e topografia equilibradas, somado aos avanços tecnológicos, investimentos no solo, sementes e irrigação, a produção em regiões do cerrado brasileiro passou a ser bem atrativa.

MapitobaAs terras são oferecidas a preços acessíveis, mais vantajosos do que em outras regiões do Brasil. É o caso dos Estados do Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. Essas terras transfronteiriças, situadas na circunscrição denominada "Mapitoba" (iniciais dos 4 estados que a compõe, Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), têm sido adquiridas por proprietários individuais, em especial vindos do Paraná e Rio Grande do Sul e por grandes grupos (como Bunge, Cargill e Algar), inclusive com participação minoritária de estrangeiros, os quais tendem a se expandir em relação às áreas de cultivo atuais. Hoje, Mapitoba já está sendo considerada a terceira (depois do Sul e do Centro-Oeste do País) fronteira agrícola brasileira. Segundo o Rabobank, a produção de grãos de Mapitoba deve chegar a 20 milhões de toneladas até 2021.
Após dobrar a terra plantada com soja na última década, o Mapitoba, promoverá mais um aumento nesta safra de 12%. Além de ganhos de produtividade previstos com investimentos em novas variedades, fertilizantes e máquinas, a área também deve crescer.
Existem dois milhões de hectares de terras de boa qualidade ainda disponíveis para o plantio, ou seja, igual a 70% da área cultivada com soja nesta safra, segundo estimativas do mercado. Desta forma, os agricultores possuem uma quantidade expressiva de terras para aumentar a produção.
Para não agredir o meio ambiente, a expansão das áreas cultivadas não é feita dentro da Floresta Amazônica. Com o uso de tecnologia moderna as áreas mais frágeis do cerrado são poupadas.

As condições topográficas favoráveis de Pedro Afonso (TO), que possibilitam a colheita 100% mecanizada, trouxe vantagem competitiva para a primeira usina de açúcar e álcool, da Bunge, na região, também beneficiada pela proximidade ao abastecimento do mercado do Norte e Nordeste. Em Pedro Afonso, aumentou de um para dez o números de produtores rurais a vender cana para a Bunge.
Problemas de logística, apagões e outras questões de infraestrutura ainda atrapalham Mapitoba. Mesmo assim, o custo de transporte foi reduzido, com a conclusão do trecho da ferrovia Norte-Sul de Porto Nacional (TO) até a ferrovia de Carajás, que chega ao Porto de Itaqui (MA). A capacidade do porto, contudo, é reduzida quando o navio precisa, por força das filas, ficar atracado mais tempo e pode significar ter que se pagarem multas.
Há um risco sério de que Mapitoba não consiga responder às necessidades básicas deste aumento de produção. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, porém, tem tentado melhorar a logística da região, por meio de ampliação do Porto de Itaqui, entre outras obras, sobretudo de ferrovia.

Soja - Mapitoba - Série histórica de área plantada
Safras - 2000/01 a 2012/13 em mil hectares



Soja - Mapitoba - Série histórica de produtividade
Safras - 2000/01 a 2012/13 em kg/ha



Soja - Mapitoba - Série histórica de produção
Safras - 2000/01 a 2012/13 em mil toneladas


Moacir Ferreira Teixeira - 28 de fevereiro de 2013


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